13/08/2013 - "Batman diz que garoto é inocente"

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Briga de cachorros grandes

A revelação do lobista e ex-funcionário da Petrobras João Augusto Henriques de que havia um esquema de corrupção na estatal, que beneficiava o PMDB e ajudou, com caixa dois, a campanha da presidente Dilma Rousseff, provocou um bate-boca entre integrantes de PSDB e PT, ontem, segunda-feira, no plenário do Senado. 

Enquanto tucanos falam em criar a CPI da Petrobras e convocar o denunciante, petistas agem da mesma forma, mas com outro alvo: as denúncias de que empresas formaram um cartel em São Paulo, sob administrações tucanas, para atuar no metrô e na empresa de trens urbanos do estado.

Em protesto, 'Batman' diz que garoto
suspeito de matar família é inocente

Três manifestantes protestaram, na manhã desta segunda-feira, contra as investigações da Polícia Civil que apontam Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, como o principal suspeito de ter matado o pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, a mãe, a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, a avó Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos.
               

Fantasiado de Batman, um ativista do grupo Loucos Pela Paz fechou duas faixas da avenida Tiradentes, na região do batalhão da Rota. De acordo com a Polícia Militar, a interdição ocorreu entre 11h e 11h15. Mais tarde, o manifestante seguiu para a avenida Prestes Maia, onde colocou uma faixa na passarela das Noivas, na altura da rua São Caetano.

"Não fui eu!!! Sou mais uma vítima de um governo conivente com criminosos", dizia a faixa de protesto dos manifestantes, com a foto de Marcelo Eduardo Pesseghini. Uma viatura da Polícia Militar acompanhou o protesto, que terminou sem confronto ou detidos, segundo a PM.


Parecer de Roberto Gurgel deve acelerar

cassação de Roseana

O diploma de governadora do Maranhão de Roseana Sarney deve ser cassado ainda este ano. Essa é a expectativa do autor do recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Reinaldo Tavares. Em entrevista exclusiva ao Diário do Poder, Tavares confirmou que houve uma quantidade imensa de convênios no mês da convenção do partido de Roseana. Confira a íntegra da conversa.

Diário do Poder – O que o levou a pedir a cassação do diploma da governadora Roseana?
José Reinaldo Tavares – Em 2010, ano da eleição, houve uma quantidade imensa de convênios celebrados no mês da convenção do partido. Foram R$ 391 milhões transferidos em 970 convênios. A convenção foi no dia 24 de junho e a maior concentração foi nos três dias anteriores.

Diário do Poder – Como funcionava?
Tavares – Para você ter uma ideia, no ano de 2010, foram celebrados convênios num total de R$ 413 milhões, mas só no mês de junho, foram R$ 391 milhões. Os convênios eram assinados, publicados, o dinheiro ia para a conta e sacado em espécie em dois dias. É um exemplo de eficiência para todos os governantes. Ela ainda iniciou um programa de R$ 130 milhões para trocar a cobertura das casas de taipa por telhas no ano da eleição. Isso é proibido! Um programa que já existe pode ser mantido, mas não pode iniciar um novo.


 Diáriodo Poder – Qual a sua expectativa pela resolução desse imbróglio?
Tavares – Já demorou demais. Eu entreguei, inicialmente, para o ministro Arnaldo Versiani e eles tentaram atrasar o processo de todo jeito. Apresentaram seis recursos preliminares, mas são apenas medidas protelatórias e não adiantou. Outra manobra deles foi a escolha da nova relatora. Eles acharam que a ministra Luciana Lóssio ia demorar uns dois meses para se declarar impossibilitada. Ela foi advogada da Roseana e devolveu o recurso na mesma hora. O desgaste está muito grande. Acho que deve estar tudo resolvido até o final do ano.

Marina corre risco de não ter partido
Segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2014, e avançando cada vez mais na preferência do eleitorado, a ex-senadora Marina Silva enfrenta grande dificuldade para criar sua Rede Sustentabilidade.

Para ser candidata pelo seu novo partido, nas próximas eleições, será preciso que a legenda seja registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral até 5 de outubro, mas não será fácil.
Marina disse domingo, 11/08, que os cartórios eleitorais não têm respeitado o prazo de 15 dias para validar as assinaturas de apoio que o partido apresenta. Com isso, apesar de a Rede já ter coletado cerca de 850 mil assinaturas e apresentado cerca de 550 mil aos cartórios eleitorais — mais do que as 491.656 necessárias —, apenas cerca de 200 mil foram certificadas.


Após três horas de reunião, Dilma não chega
a acordo com base aliada
 Depois de mais de três horas de reunião, governo e os líderes da base aliada não conseguiram chegar a um acordo ontem, segunda-feira, 12, nem sobre a distribuição dos royalties e nem sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo. Ciente das dificuldades que enfrentará e das ameaças feitas pelos aliados, a presidente Dilma Rousseff, que comandou a reunião, precisou convocar os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do Planejamento, Míriam Belchior, para que eles tentassem um consenso sobre os dois temas.

O governo quer adiar as duas votações e teme ter de recorrer a vetos e ações no Supremo Tribunal Federal, às vésperas do leilão do campo de Libra, na bacia de Campos (RJ), marcado para outubro. As lideranças do Congresso, no entanto, bateram o pé em defesa da votação dos dois projetos de imediato. O governo quer mais tempo para negociar. Diante da resistência dos parlamentares, a presidente Dilma determinou à Míriam Belchior que se reúna, mais uma vez, na manhã desta terça-feira, 13, com os líderes da base para “uma discussão mais aprofundada” sobre a votação da PEC, quando ela apresentará aos deputados os oito pontos que, na visão do governo, inviabilizam o projeto.


Oposicionistas: revelação que envolve
Lewandowski é grave
Lewandowski
Parlamentares de oposição afirmaram  que as revelações de VEJA sobre a atuação do ministro Ricardo Lewandowski em processos envolvendo o PT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são graves e precisam ser apuradas a fundo.

Depoimento prestado pelo auditor Rodrigo Aranha Lacombe, do próprio tribunal, mostram que, em 2010, o TSE sumiu com relatórios que apontavam irregularidades e recomendavam a rejeição da prestação de contas apresentada pelo PT em 2003 – quando o esquema do mensalão começava as ser montado. Algo parecido aconteceu, também em 2010, com o processo que analisava os gastos da campanha eleitoral de Dilma Rousseff. Novamente, documentos que apontavam irregularidades sequer foram anexados ao processo.

Empresa do ‘propinoduto’ atuou em Belo Monte

Acusada de pagar propina ao governo tucano para ganhar contratos bilionários no Metrô de SP, a multinacional francesa Alstom também atuou na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em reunião do conselho de administração da Norte Energia S.A., realizada no dia 03 de fevereiro de 2011, foi aprovada operação para contratar o Consórcio ELM, no valor de R$ 3,5 bilhões, para fornecer equipamentos à usina.

Valem ouro os dados que TSE confiaria a Serasa

A empresa Serasa Experian cobra a média de R$ 4,80 por informação cadastral enviada a lojas e financeiras. E são centenas de milhares de pedidos de informação cadastral diariamente, por isso vale ouro o banco de dados de 141 milhões de eleitores em poder do Tribunal Superior Eleitoral, um dos mais completos e confiáveis do País. Serasa e TSE negam que a transferência dos dados tenha sido efetivada, mas somente uma auditoria técnica rigorosa poderá atestar isso.

Governo federal mandou muito dinheiro para Cabral

O governo do Rio de Janeiro, que enfrenta grave instabilidade, também é o que mais recebeu recursos do governo Dilma, em 2013. Só este ano, foram R$ 5,1 bilhões, segundo levantamento do governo federal ao qual esta coluna teve acesso, grande parte referente a royalties de petróleo. O segundo “ente” mais beneficiado com transferências do Tesouro é o Banco do Brasil, com um total de quase R$ 5 bilhões.


 Classificação atualizada