O senador Mário Couto (PSDB-PA) voltou a questionar
ontem, da tribuna, a credibilidade do jornal 'Diário do Pará', que o acusou de
estelionato na edição do último domingo. Couto criticou a direção do que chamou
de 'jornaleco', que, segundo ele, tem atacado um homem 'sem crime e de
consciência limpa'.
'Vocês têm muito que procurar sobre a minha vida.
Eu vim da pobreza. Eu não enriquei com dinheiro público. A pobreza me acompanha
até hoje. Eu tenho uma vida limitada. Eu não tenho avião, eu não tenho
televisão, eu não tenho jornal, mas não tenho medo de encarar aqueles que os
têm, principalmente vocês que fizeram o seu patrimônio à custa do dinheiro do
povo do Pará'.
Mário Couto mostrou uma foto do senador Jader
Barbalho (PMDB-PA) algemado devido às acusações de envolvimento nas fraudes do
Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam).
'Esta é a sua origem. Se eu tivesse essa origem, eu
não teria a coragem de sair da minha casa. Se eu tivesse tido um pai que
tivesse saído na capa da ‘Veja’, eu não teria coragem, Jaderzinho, de sair de
dentro da minha casa! Eu teria vergonha. O povo do Pará tem vergonha de olhar
para isso. Infelizmente, tive que mostrar, na tarde de hoje, porque o povo do
Pará não merece isso', destacou.
Bruno admite a morte de Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes admitiu nesta
quarta-feira que a ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, foi assassinada e
teve o corpo esquartejado e jogado para os cães pelo ex-policial civil Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola. Em seu depoimento, o jogador alegou que não tinha
conhecimento prévio do crime e a execução da jovem foi tramada pelo seu braço
direito e amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.
"Como mandante
dos fatos, eu nego, mas, de certa forma, me sinto culpado", disse o
goleiro.
O ex-atleta do Flamengo assumiu
que se beneficiou da morte e poderia até ter evitado que ocorresse. "Não
sabia, não mandei, mas aceitei", disse o goleiro, referindo-se ao
assassinato. Ele foi o primeiro dos nove acusados do caso a indicar
nominalmente Bola pelo sumiço de Eliza, morta em 10 de junho de 2010, segundo
relatou o réu nesta quarta-feira.
Bruno negou o sequestro, porém, e
afirmou que a jovem se encontrava com ele para exigir dinheiro, a título de
‘pensão’, pelo fato de terem tido um filho. Eles conversaram sobre a pensão e a
modelo teria acertado com Macarrão que receberia R$ 50 mil - o ex-atleta ainda
teria admitido comprar um apartamento para ela e para o filho.
Mas o goleiro não teria o
dinheiro "em espécie", quando ocorreu a negociação. "Eu disse a
ela que teria R$ 30 mil, mas depositava (o restante) na segunda. Ela não
aceitou e disse: ‘Eu sei que vocês têm dinheiro. Então eu vou com vocês para
Minas Gerais para receber o dinheiro’."
No depoimento, o ex-atleta do
Flamengo disse que recebeu Eliza normalmente em seu sítio e não teve nenhuma
discussão com ela. Posteriormente, aos prantos, relatou ter ficado
"desesperado" ao ser informado do crime por Macarrão - mas não sabia
como ela havia morrido. "Eu cheguei perto do Jorge e perguntei como tinha
acontecido.
O Jorge falou comigo que o Macarrão foi até o Mineirão e conversou
com uma pessoa no orelhão - e naquele momento começou a seguir um cara de moto
até uma casa na região de Vespasiano e lá entregou Eliza para um rapaz chamado
Neném (como era conhecido o ex-policial Bola)", afirmou Bruno.
"Depois um rapaz perguntou para Eliza se ela era usuária de drogas, pediu
que Macarrão amarrasse as mãos dela para frente e deu uma gravata nela.
E o
Macarrão pegou e ainda chutou as pernas de Eliza. Foi o que o Jorge me falou. E
que ainda tinha esquartejado o corpo dela, tinha jogado o corpo dela para os
cachorros comerem. Depois, o rapaz foi até um porão e pegou um saco preto e
perguntou se eles queriam ver o resto; eles pegaram e saíram
desesperados."
Conheça um pouco mais da vida de Hugo Chávez