Ministério Público denuncia Emerson Sheik
por contrabando de veículos
Emerson deixa audiência por contrabando e lavagem de
dinheiro em tribunal/Rio
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O atacante Emerson, do Corinthians, teve a condenação
pedida pelo Ministério Publico Federal do Rio de Janeiro por contrabando e pode
pegar até quatro anos de prisão. O jogador é acusado de ter importado
ilegamente dois veículos usados (uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro) dos Estados
Unidos. A investigação apontou que os carros chegaram ao Brasil por valores
muito abaixo aos de mercado, o que indica origem ilícita da comercialização.
O mesmo processo criminal também pede a condenação do
volante Diguinho, do Fluminense, por receptação, já que comprou de Emerson a
BMW.
Nas alegações finais assinadas pelo procurador da
República Sérgio Pinel fica claro que Emerson não terá o direito de suspender o
processo, pois cometeu o crime duas vezes. A decisão agora vai para a Justiça
Federal.
As acusações a Sheik e Diguinho envolvem um processo
criminoso de venda de carros de luxo no Brasil. Os veículos eram usados, mas
entravam no país como novos - é proibida a venda de veículos importados usados.
No caso de Sheik, a nota da compra do veículo mostra o depósito de apenas US$
5.000 (aproximadamente R$ 10.000) para um veículo que vale em torno de US$ 57
mil (R$ 114 mil).
Diguinho também está envolvido |
Este teria sido o valor total pago por Sheik pelo
veículo, segundo investigação da Polícia Federal. Assim, Sheik estaria
comprando um carro com preço notadamente inferior ao valor de mercado, o que
indicaria que o jogador sabia que o veículo não era novo e que tinha origem
ilícita.
Além disso, a negociação gerou uma cadeia de compra e
venda, com a finalidade de “distanciar o comprador final da ilegalidade
praticada na importação”, afirma denúncia do MPF.
O documento elaborado pelo MPF sobre a operação Black Ops
também diz que Emerson não soube explicar por que vendeu um carro ao jogador
Diguinho por R$ 315 mil, enquanto a nota fiscal registrou a transação em R$ 200
mil. Essa informação fez com que os dois também fossem investigados por lavagem
de dinheiro, mas essa acusação foi descartada.
Sheik comprou a BMW X6, cor branca, por R$ 200 mil (R$
160 mil e mais R$ 40 mil em IPI) em 29 de outubro de 2010. No Brasil, o carro é
avaliado em R$ 300 mil. Quase dois meses depois, o atacante negociou seu
veículo para a mesma empresa e pelo mesmo preço (mas sem o IPI).
No mesmo dia em que Sheik se desfez do veículo, Diguinho
efetuou a compra da BMW X6 pelo mesmo valor. 20 dias depois, o volante do Flu
revendeu o veículo para a mesma concessionária. Horas depois, recomprou o
automóvel. A investigação do MPF concluiu que Emerson tinha conhecimento da
ilegalidade da transação.
- Uol Esportes -
Brasileiros deverão votar em bloco no conclave;
italiano teria
apoio da maioria
Os cinco cardeais do Brasil embarcaram para Roma sem
fechar questão em torno de um nome; após primeiros escrutínios, porém, devem
articular apoio a um único candidato
Os cinco cardeais brasileiros que participarão do
conclave para a sucessão de Bento XVI não entrarão na Capela Sistina apoiando o
mesmo candidato, mas poderão se unir em torno de um nome após os primeiros
escrutínios. Se todos concordam com alguns pontos básicos para enfrentar a
crise que abalou o Vaticano nos últimos anos, o perfil ideal de um papa capaz
de recuperar a imagem e o prestígio da Igreja ainda está começando a ser desenhado
- e o italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, despontaria como favorito.
"A Cúria
Romana terá de passar por uma reforma profunda", disse ao Estado o cardeal
d. Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador.
D. Geraldo conhece bem a máquina central da Santa Sé,
pois trabalhou por mais de sete anos na Congregação para o Culto Divino e a
Disciplina dos Sacramentos. Sem citar nomes, o que é proibido sob pena de
excomunhão aos cardeais eleitores, ele espera que seja eleito um papa com
espírito de pastor que tenha pulso forte.
- Estadão -
Compra bilionária da Petrobrás vai ao TCU
Ministério Público apresenta representação no caso da
refinaria de Pasadena, nos EUA
O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da
União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de
Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao
ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da
companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que
houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.
O Estado apurou
que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente
Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da
aquisição.
A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um
processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa,
pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas
defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
O processo está tramitando internamente. É possível que o
ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo,
apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações
(diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório).
Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU
inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual
identificação de responsáveis, será julgado em plenário.
O processo foi motivado por reportagem do Broadcast,
serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a
refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área
de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no
ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez
vezes menos.
As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano
eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um
ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional
e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma
representação de ordem criminal.
O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a
compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28
vezes mais o valor inicial da empresa.
- Estadão -