27/02/2013 - Corinthians nas manchetes policiais

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Ministério Público denuncia Emerson Sheik
por contrabando de veículos 


Emerson deixa audiência por contrabando e lavagem de dinheiro em tribunal/Rio
O atacante Emerson, do Corinthians, teve a condenação pedida pelo Ministério Publico Federal do Rio de Janeiro por contrabando e pode pegar até quatro anos de prisão. O jogador é acusado de ter importado ilegamente dois veículos usados (uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro) dos Estados Unidos. A investigação apontou que os carros chegaram ao Brasil por valores muito abaixo aos de mercado, o que indica origem ilícita da comercialização.

O mesmo processo criminal também pede a condenação do volante Diguinho, do Fluminense, por receptação, já que comprou de Emerson a BMW.

Nas alegações finais assinadas pelo procurador da República Sérgio Pinel fica claro que Emerson não terá o direito de suspender o processo, pois cometeu o crime duas vezes. A decisão agora vai para a Justiça Federal.

As acusações a Sheik e Diguinho envolvem um processo criminoso de venda de carros de luxo no Brasil. Os veículos eram usados, mas entravam no país como novos - é proibida a venda de veículos importados usados. No caso de Sheik, a nota da compra do veículo mostra o depósito de apenas US$ 5.000 (aproximadamente R$ 10.000) para um veículo que vale em torno de US$ 57 mil (R$ 114 mil).

Diguinho também está envolvido
Este teria sido o valor total pago por Sheik pelo veículo, segundo investigação da Polícia Federal. Assim, Sheik estaria comprando um carro com preço notadamente inferior ao valor de mercado, o que indicaria que o jogador sabia que o veículo não era novo e que tinha origem ilícita.

Além disso, a negociação gerou uma cadeia de compra e venda, com a finalidade de “distanciar o comprador final da ilegalidade praticada na importação”, afirma denúncia do MPF.

O documento elaborado pelo MPF sobre a operação Black Ops também diz que Emerson não soube explicar por que vendeu um carro ao jogador Diguinho por R$ 315 mil, enquanto a nota fiscal registrou a transação em R$ 200 mil. Essa informação fez com que os dois também fossem investigados por lavagem de dinheiro, mas essa acusação foi descartada.

Sheik comprou a BMW X6, cor branca, por R$ 200 mil (R$ 160 mil e mais R$ 40 mil em IPI) em 29 de outubro de 2010. No Brasil, o carro é avaliado em R$ 300 mil. Quase dois meses depois, o atacante negociou seu veículo para a mesma empresa e pelo mesmo preço (mas sem o IPI).

No mesmo dia em que Sheik se desfez do veículo, Diguinho efetuou a compra da BMW X6 pelo mesmo valor. 20 dias depois, o volante do Flu revendeu o veículo para a mesma concessionária. Horas depois, recomprou o automóvel. A investigação do MPF concluiu que Emerson tinha conhecimento da ilegalidade da transação.
- Uol Esportes -


Brasileiros deverão votar em bloco no conclave;
 italiano teria apoio da maioria
Os cinco cardeais do Brasil embarcaram para Roma sem fechar questão em torno de um nome; após primeiros escrutínios, porém, devem articular apoio a um único candidato

Os cinco cardeais brasileiros que participarão do conclave para a sucessão de Bento XVI não entrarão na Capela Sistina apoiando o mesmo candidato, mas poderão se unir em torno de um nome após os primeiros escrutínios. Se todos concordam com alguns pontos básicos para enfrentar a crise que abalou o Vaticano nos últimos anos, o perfil ideal de um papa capaz de recuperar a imagem e o prestígio da Igreja ainda está começando a ser desenhado - e o italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, despontaria como favorito.

 "A Cúria Romana terá de passar por uma reforma profunda", disse ao Estado o cardeal d. Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador.

D. Geraldo conhece bem a máquina central da Santa Sé, pois trabalhou por mais de sete anos na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Sem citar nomes, o que é proibido sob pena de excomunhão aos cardeais eleitores, ele espera que seja eleito um papa com espírito de pastor que tenha pulso forte.
- Estadão -



Compra bilionária da Petrobrás vai ao TCU
Ministério Público apresenta representação no caso da refinaria de Pasadena, nos EUA  
O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.

O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição.

A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico. 

O processo está tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório).

Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de responsáveis, será julgado em plenário.

O processo foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez vezes menos.

As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma representação de ordem criminal.

O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor inicial da empresa.
 - Estadão -