06/02/2013 - Os ratos em recesso

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Bancos prometem ampliar concessão
de crédito em até 17% neste ano
Os maiores bancos brasileiros pretendem expandir a concessão de crédito entre 15% e 17% neste ano, disse ontem (05/01) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, a estimativa de crescimento foi repassada por representantes dos nove principais bancos do país, que se reuniram no fim da manhã de ontem com o ministro em São Paulo.

De acordo com Mantega, a concessão de crédito pelos bancos privados aumentou entre 7% e 8% em 2012, ritmo considerado bastante abaixo do ideal pelo ministro. “Eles deveriam ter emprestado pelo menos de 12% a 14% a mais no ano passado”, disse.  

O crescimento na concessão de empréstimos, disse o ministro, contribuirá até para a queda na proporção de mutuários com empréstimos em atraso. “Se o volume [de crédito] aumenta, melhora a economia e cai a inadimplência. Chega uma hora em que é necessário mais crédito para a inadimplência cair. Um cidadão que toma empréstimo e não conseguiu pagar a conta, precisa tomar novo crédito para rolar a dívida”, explicou.



Desacato da Câmara às decisões do STF 
no mensalão é especulação, diz Barbosa
Novo presidente da Casa afirmou que palavra final sobre perda de mandato de deputados envolvidos no caso é do Legislativo.

 Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram nesta terça-feira, 5, que não acreditam que a Câmara desobedecerá a decisão da Corte que determina a perda automática dos mandatos dos quatro deputados condenados por envolvimento no esquema do mensalão.

 "Isso é só especulação. Não acredito que isso vá ocorrer", disse o presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa.

A declaração foi dada um dia após o novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ter dito que a palavra final sobre perda de mandatos é do Legislativo. Os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), José Genoino (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) estão no grupo de 25 condenados por participar do esquema que comercializou votos de parlamentares em troca de votos favoráveis ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Revisor do processo, o ministro do STF Ricardo Lewandowski observou que a perda dos mandatos somente poderá ocorrer após o julgamento dos eventuais recursos dos condenados. "Essa questão só vai se colocar quando a decisão for definitiva, com o trânsito em julgado. Por enquanto são meras especulações", disse.

Não há previsão de quando o Supremo julgará os recursos. Mas isso poderá demorar meses ou até anos. Os condenados somente poderão recorrer após a publicação oficial do julgamento. Para publicar a decisão é necessário que os ministros que participaram do caso revisem seus votos. Joaquim Barbosa já liberou a parte que lhe cabe. No entanto, outros dez ministros julgaram o processo do mensalão.


Ministério Público denuncia estudantes 
da USP por formação de quadrilha
72 pessoas, a maioria estudantes, foram denunciadas pelo Ministério Público por causa da ocupação do prédio da reitoria da universidade em novembro de 2011

O Ministério Público Estadual denunciou 72 pessoas da Universidade de São Paulo (USP) - a maioria estudantes - que foram detidas após ocupar o prédio da reitoria em novembro de 2011. Eles foram denunciados por cinco crimes: formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência e crime ambiental por pichação. Somados, os crimes podem render penas de até sete anos de prisão.
Faixa colocadas pelos "alunos" da USP na época da invasão
Entenda o porquê da denúncia:
Em novembro de 2011, um grupo de estudantes, funcionários e outras pessoas ocupou a reitoria da USP após três alunos da Geografia serem detidos pela Polícia Militar em um estacionamento da universidade. A ocupação era um protesto contra a presença da PM dentro do campus. 
Os alunos estavam sendo coibidos dos "seus afazeres"
Depois de oito dias, o grupo se recusou a sair do prédio após ordem judicial e a Tropa de Choque da PM cumpriu a reintegração de posse. Laudos policiais afirmaram que móveis e partes do prédio foram danificados e que havia pichação, explosivos e líquidos inflamáveis no local.



Bebida X Volante: tolerância zero

O Brasil está fechando o cerco às pessoas que insistem em dirigir depois de consumirem bebidas alcoólicas. No final de dezembro, a presidente Dilma Rousseff assinou uma nova Lei Seca, com regras drasticamente mais duras do que as da anterior. 

Agora, às vésperas do carnaval, é expedida a regulamentação, com basicamente três mudanças: impõe tolerância zero ao motorista que ingeriu bebida alcoólica, dobra valor da multa e admite uso de vídeo como prova da embriaguez.

A multa, que era de R$ 957, saltou para R$ 1.915. Caso o infrator volte a ser flagrado dirigindo alcoolizado dentro de um ano, a multa ficará ainda mais salgada — R$ 3.830. As demais punições continuam valendo: ele perde a carteira de habilitação e fica proibido de dirigir por 12 meses.
A nova Lei Seca não admite nem sequer um gole de cerveja. 

Antes, o motorista era liberado quando o bafômetro detectava qualquer concentração até 0,1 miligrama de álcool por litro de ar. Ou então quando, ao submeter-se ao exame de sangue, o laudo apontava até 2 decigramas de álcool por litro de sangue. Agora, o ar e o sangue não podem conter vestígio nenhum de álcool.

— Por fim, o Brasil adota a tolerância zero para essa infração gravíssima de trânsito — diz Luiz Otávio Maciel Miranda, integrante do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

PMDB quando quer uma boquinha, chora

Passada a eleição para o comando da Câmara, a bancada do PMDB já subiu o tom das críticas contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Após a vitória apertada de Henrique Eduardo Alves (RN) para a presidência da Casa, deputados da legenda repetiam pelos corredores que esperavam uma vitória mais consistente, superior aos 271 votos obtidos por ele. 

Foi em meio a queixas e ataques dos colegas ao Planalto que o novo líder peemedebista na Casa, o deputado Eduardo Cunha (RJ), realizou ontem, terça-feira (5) sua primeira reunião com a bancada e viu o que deveria ser um encontro para afagos virar uma sessão de terapia.

As reclamações versaram principalmente sobre o “tratamento diferenciado” recebido em relação a colegas do PT. “Nosso amigos do PT nos acham os companheiros mais necessários e também os mais indesejados”, afirmou Alceu Moreira (RS). “Viramos homologadores de medidas provisórias. Não vim aqui para emprestar o meu dedo para um painel digital. Vim para expressar minhas ideias”, critica.

A falta de uma agenda própria do PMDB também é citada como motivo de irritação dos parlamentares do partido. “Passamos o tempo como office-boys do Poder Executivo”, diz Édio Lopes (RR), puxando o coro dos peemedebistas contra a “traição” sofrida na eleição de Henrique Eduardo Alves.

“Queremos que o governo nos trate como trata o PT. Não somos tratados como governo. Só somos lembrados quando vamos colocar nosso voto nas comissões e no plenário. Aí somos lembrados como governo”, reclama Antônio Andrade (MG).

Cunha ouviu as reclamações e, ao final da reunião, adotou um tom mais crítico contra o Planalto. “O PMDB não é base, é governo. E isso não significa ser um cordeirinho. O partido vai ser parceiro, mas vai se permitir discordar”, afirmou.


Recesso de quem nada faz 


O ano do Congresso só vai começar de verdade depois do Carnaval. Em reunião realizada nesta terça-feira, os líderes partidários da Câmara e do Senado decidiram que o parlamento vai iniciar a apreciação dos projetos em pauta apenas no dia 19/02.  

A prioridade neste início de ano é a votação do Orçamento da União para 2013, que deveria ter sido feita em dezembro do ano passado, e a apreciação de mais de 3.000 vetos presidenciais que aguardam análise dos congressistas. 

Os dois casos exigem a realização de sessão do Congresso – ou seja, de deputados e senadores em conjunto.


Sabrina Sato, para desinfastiar 
de notícias ruins
Sabrina Sato ilustra a capa da edição de fevereiro da revista "Corpo a Corpo". A japa, que é rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, contou que evita certos alimentos para não se sentir inchada na época de Carnaval.
"Eu elimino feijão, grão de bico e verduras como brócolis e couve-flor", afirmou Sabrina, que também garantiu que não gosta de se privar de nada para manter o corpão.